PARA UMA SOCIOLOGIA DA ARTE EM MOÇAMBIQUE
600,00 MT
SINOPSE
Este trabalho incide sobre a relação entre a produção artística (artes plásti-cas) local e a sua imbricação com o global através da relação entre actores nacionais e transnacionais. Partindo dos pressupostos da pós-colonialidade e subalternidade adiantados por Said (1979), Appiah (1997), Appadurai (1988), Bhabha (1998, 2001), Spivak (2010) pretende-se dar conta da estru-turação, produção, disseminação e legitimação das artes plásticas em Moçambique, captando as suas nuances e marcas estruturantes em duas épocas distintas: 1975-1986 e 1987-2016. A escolha destes períodos deve-se ao facto de os dois corresponderem a momentos paradigmáticos distintos da história política, económica e cultural de Moçambique. De facto trata-se de olhar para a estetização do social moçambicano, o que nos pode ajudar a compreender as dinâmicas artísticas em Moçambique
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Filimone Meigos
ISBN | 9789928700353 |
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Categoria: | Literatura Moçambicana |
Autor | |
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Editora | Alcance Editores |
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O SÉTIMO JURAMENTO
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[…] «Faças uma substituição breve; esqueça a secretária do David, a Cláudia. Tome a Vera pala mãe do Pável, Mikhail por David e Clemente por Pável. Temos aqui um cruzamento tanto das lutas das duas mulheres como também o ideal socialista que fundamenta a Primeira República de 1975 distanciando-se, como é óbvio, pela luta de Samora contra as tradições como o grau da modernidade industrial que se conjuga aos campos de reeducação do Niassa. Veja como o Lourenço, o amigo de David e ele próprio demarcam o dualismo pós-independência: a modernidade e a tradição. O primeiro que vive os meandros da segunda e, o segundo que se distancia desse reduto para assumir a negação com proporções negativas nos anos da revolução». «mas, Dinho…», gaguejei. No momento estávamos a cruzar a Salvador Alende para depois subirmos por uma avenida que nos levaria a uma paragem junto a um ninho de lixo. Tomamos de seguida uma ruela que conhecia dos tempos de trabalhos por aquelas bandas. O sol já ido, a cidade começava a respirar a náusea da modernidade invocada para o homem novo. Esticou a mão e segurou-me dizendo: «não compreenderás o Sétimo juramento fora destes pequenos nadas; […].
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BUGANVÍLIAS, CARAPAU E REPOLHO histórias do tempo vivido
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Somos uma geração privilegiada participámos na construção de um pais novo. Empenhados, entusiasmados, sonhadores, utópicos. Éramos uns miúdos e assumimos responsabilidades de gente grande! Quantas vivenciais e histórias vividas! Umas hilariantes, outras desafiantes, umas giras, outras nem por isso. Histórias que apenas circulavam entre amigo, à volta das mesas do almoço e jantares. Daí nasceu a ideia deste livro. Para que a memória dos tempos não se esfume. Um email desafiante aos vários amigos. E surpresa das surpresas.. a ideia ganhou asas. Estas são histórias verídicas de um Moçambique que acabava de reinventar, livre e solidário. Esta é a palavra mais bonita e frequente que irão encontrar nestes relatos: solidariedade!
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O MAPEADOR DE AUSÊNCIAS
SINOPSEDiogo Santiago é um prestigiado e respeitado intelectual moçambicano. Professor universitário em Maputo, poeta, desloca-se pela primeira vez em muitos anos à sua terra natal, a cidade da Beira, nas vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem que os seus concidadãos lhe querem prestar.
Mas o regresso à Beira é também, e talvez para ele seja sobretudo, o regresso a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando ainda Moçambique era uma colónia portuguesa. Menino branco, é filho de um pai jornalista e sobretudo poeta, e de uma mãe toda sentido prático e completamente terra-a-terra. Do pai recorda o que viveu com ele: duas viagens ao local de terríveis massacres cometidos pela tropa colonial, a sua perseguição e prisão pela PIDE, mas sobretudo, e em tudo isto, o seu amor pela poesia. Mas recorda também, entre os vivos, o criado Benedito (agora dirigente da FRELIMO) e o seu irmão Jerónimo Fungai, morto a tiro nos braços da sua amada, a bela e infeliz Mariana Sarmento, o farmacêutico Natalino Fernandes, o inspector da PIDE Óscar Campos, a tenaz e poderosa Maniara, e muitos outros; e de entre os mortos sobressaem o régulo Capitine, que vê uma mulher a voar -
AS MULHERES DE CINZA
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Mulheres de Cinza é o primeiro livro de uma trilogia sobre os derradeiros dias do chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por um africano. Ngungunyane (ou Gungunhane, como ficou conhecido pelos portugueses) foi o último de uma série de imperadores que governou metade do território de Moçambique. Derrotado em 1895 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque, Ngungunyane foi deportado para os Açores onde veio a morrer em 1906. Os seus restos mortais terão sido trasladados para Moçambique em 1985.
Existem, no entanto, versões que sugerem que não foram as ossadas do imperador que voltaram dentro da urna. Foram torrões de areia. Do grande adversário de Portugal restam areias recolhidas em solo português.
Esta narrativa é uma recreação ficcional inspirada em factos e personagens reais.Serviram de fonte de informação uma extensa documentação produzida em Moçambique e em Portugal e, mais importante ainda, diversas entrevistas efectuadas em Maputo e Inhambane.
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CANTO EM LIRA QUEBRADA: UMA LEITURA DA POÉTICA DE GUITA JR.
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É, na verdade, um discurso entusiástico o que a publicação de “ Canto em Liria quebrada: um leitura da poética de Guita JR.”, de Viviane Mendes de amplo salto de ousadia, respeitando e cumprindo todas as exigências por ele impostas-, A critica incorpora a esse tecido um latente vigor poético, em que seu objecto de estudo- A antóloga os aromas essenciais, do poeta moçambicano- confunde-se, com igual lascívia e fome, à analise dos poemas, às escolhas vocabulares e as caminhos interpretativos tomados.
Tal confluência erótica entre enunciador e enunciação é responsável por projectar a pesquisa de Viane para um outro patamar. Capitulo a capitulo, verso a verso, percebe-se que a elasticidade do ensaio faz ver também o sujeito de paixão que delicadamente o costura, é a poesia de Guita que ocupa, no todo, um respeitoso e honrado lugar de prevalência. Primeiro estudo de fôlego acerca da obra do Moçambicano, “Canto em Lira Quebrada” põe em releve as fissuras de um sujeito-lírico Pós-guerra civil obrigado a coexistir novas e outras possibilidades de sonhar. Para tanto, Moraes perpassa distintos conceitos, aplicados sempre com precisão; e é com fortuita e pontual perspicácia que assoma ao texto, principalmente, a Melancolia de Walter Benjamin.
As imagens melancólicas de Guita JR., Muitas vezes reverberadas nos estilhaços de “Eus partidos”, são, desse modo, fertilmente abraçadas pelo texto de Vivane. Tal qual tecelã, ela as recolhe e reorganiza por intermédio de um texto que não poderia exalar nada além daquilo que realmente é, pura poesia.
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PÃO AMARGO
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Nesta obra, o autor vai buscar pequenos detalhes da vida desta sociedade que é a moçambicana.
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CAMBALHOTAS DE DEDOS MARCADOS
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Recorrendo-se a narrações de pensamentos, sentimentos e emoções de actores individuais e colectivos, bem como do estado de espírito de tempos e espaços, reinventa-se revela-se, neste livro, no verídico, fictício e com alguma dose vática, a correlação, isto é, dos Cinco Dedos Marcados. Estes são cidadãos e territórios africanos, natural e historicamente eleitos e predestinados – uma espécie de pessoas-terra ou terras-pessoa,almas e espíritos, representantes minuciosos de seus povos e pátrias.
Os tumultos passos e rumos de Cinco Dedos, autênticas cambalhotas exigentes e marcantes, enrolam-se desde os tempos dos “descobrimentos” e, devido a um compromisso inquebrantável do quinteto, continuam a enroscar-se profundamente nas suas vidas privadas e profissionais. As terríveis piruetas ao causadas por emaranhados e volúveis trajectos políticos, económicos, sociais e culturais do magnético Moçambique, em particular, e da anelada África, em geral.
Até hoje, confrontados com as atitudes incompreensíveis do aromas, numa luta constante entre o bem e o mal , a única certeza certeza que reina nos Cinco Dedos é que, enquanto continuarem a conviver com dores, e as cambalhotas suscitarem clamores, mais romances multiangulares, narrado piruetas de almas e espíritos de vidas multifacetadas, serão escritos na areia, na água, no ar ou na nuvens, mesmo que as respectivas páginas venham ser compostas por marcados continuadores.
a relevância e o significado dos cinco dedos dependem da descoberta, ou não, por parte do leitor, das origens e essenciais nacionais e internacionais dos dramas e dos nomes de Sãotilma, Angs, Mocelso, Obéning e Racaverdão. A única evidencia manifesta neste palco imaginário, cheio de dicotomias ocasionais e sistémicas para além da nudez do Hino da África, é que se trata de uma homenagem a Mwené N’thiya, Mwra N’thiya, Samora Machel, Geração 8 de Março, Angola, Cabo verde, Guiné-Bissau, Moçambique, são Tomé e Príncipe e ao continente africano em geral.