MOSAICO MOÇAMBIQUE
3.500,00 MT
SINOPSE
A Etnografia – o estudo da cultura material de um povo- tem mais valor quando enquadrada na historia social. A Arqueologia, a história e a sociologia combinam-se com a Etnografia na articulação do comportamento humano com coisas tangíveis.
Desta forma, podem juntar-se as varias pecas de um mosaico cultural complexo.
Esta publicação estuda, assim, todos os tipos de bens materiais moçambicanos e a cultura com eles relacionada. A obra inclui uma miscelânea de objectos domésticos, vestuário e adornos, armas, instrumentos musicais e muito mais. O livro analisa também as tecnologias usadas em varias ocupações e a maneira como os moçambicanos tem absorvido as influencias estrangeiras. A historia cobre vários milénios e mostra como o artesanato e as praticas tradicionais persistem até aos dias de hoje.
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Henrik Ellert
9789899858343
ISBN | 9789899858343 |
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Categoria: | Arte |
Weight | 1906 g |
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Autor | |
Editora | Kapicua |
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AS ÁFRICAS DE PANCHO GUEDES
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Ao fim de muitos anos de tentar dirigir esta máquina de pensar, que é a Faculdade de Arquitectura e de Planeamento Físico, são trabalhos como este que me dão alguma certeza de que, afinal, valeu a pena insistir na criação de uma tradição de pensamento, de uma atitude mental e de um espírito de constante curiosidade e intransigência intelectual e científica. Mas, e sobretudo, um espírito aberto à universalidade do saber que reconhece sem paternalismos as sofridas e sofisticadas ciências da sobrevivência e dos conhecimentos que se aprendem no leite da mãe, no exemplo do pai e no esforço da comunidade. Só com estas armas mentais e com estes instrumentos emocionais se pode fazer justiça a uma cultura que não se encaixa nos códigos da escrita, da fórmula abstracta e da erudição livresca ou literária.
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Trata-se de uma obra bilingue e será, por ventura, o primeiro registo fotográfico a virar livro em que se regista e divulga a imagética da cidade de Lisboa durante a pandemia COVID-19.
«Não sou fotógrafa profissional nem tenho qualquer pretensão a sê-lo. Mas gosto de registar as minhas memórias, sobretudo as que me afectam pela sua carga emocional ou pela sua beleza. O que me aconteceu durante o curto período de confinamento em que comecei a percorrer, de manhãzinha, as ruas da cidade em redor do sítio privilegiado onde vivo, tocou-me de forma profunda em ambos os sentidos. Lisboa antiga é uma cidade magnífica, mesmo quando despida das suas gentes que a tornam tão alegre e garrida. Os sons predominantes passaram a ser outros: o arrulhar dos pombos, o grasnar das gaivotas, o compasso rítmico das betoneiras das obras de construção civil. Impossível ficar indiferente. Por vezes não consegui conter as lágrimas por ver adormecida a alma desta cidade imponente. E são algumas imagens deste seu sono curto e reparador que gostaria de partilhar. Este registo foi feito com o que tinha à mão – um telemóvel iPhone 11 Pro.» -
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O livro contém 18 das mais célebres fotografias de Ricardo Rangel. Vem ainda com 4 retratos seus (um de Rogério, outro de José Cabral, e dois não creditados). E ainda com várias reproduções de fotos suas, referidas nos textos.
Integra três textos apresentados num colóquio que foi dedicado ao fotógrafo em 2012: de José Mota Lopes, “Ricardo Rangel nos textos dos seus contemporâneos”; de Nelson Saúte “Ricardo Rangel: nome tutelar e inspirador do foto-jornalismo de Moçambique”; de Drew Thompson “A iconicidade de Ricardo Rangel e a escrita da história em Moçambique”. E ainda os textos de Patrícia Hayes “Pão Nosso de Cada Noite: as mulheres e a cidade nas fotografias de Ricardo Rangel de Lourenço Marques, Moçambique (1950-60)” e de Luís Bernardo Honwana “Na morte de Ricardo Rangel” – este recuperando a vertente cultural (jazzística) do fotógrafo.
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Efectivamente, o pavilhão que mais atraiu a atenção dos visitantes foi dedicado a representação etnográfica onde, dentre outros povos colonizados, encontravam-se “nativos da Colónia de Moçambique”, alojados em aldeias e habitações “típicas” cuidadosamente construídas no parque anexo ao pavilhão das Colónias.
Este verdadeiro “zoológico humano” integrante da exposição apresentava-se como a materialização de uma pax lusitana, na medida em que mostrava o domínio do colonizador sobre outros povos a ponto de expô-los publicamente para os cidadãos na metrópole.