SINOPSE

Os mitos consistem em narrativas tradicionais, que o são porque têm um certo significado ou qualidades perenes. Quando essas narrativas se fundam em grandes acontecimentos históricos, ou tidos como tal, são entendidas como ciclos mitológicos ou sagas. Por outro lado, quando se trata de pequenas narrativas fictícias acerca de uma personagem ou de um lugar real, com um contexto real, então são denominadas lendas. Uma terceira categoria de narrativas míticas diz respeito ao conto popular, uma história de aventuras, na qual se incluem elementos mágicos e, por vezes, seres sobrenaturais com um enredo frequentemente preenchido por motivos tópicos e personagens-tipo. Nestes três géneros de relatos encontramos praticamente tudo, ou quase tudo, o que os Romanos sabiam acerca das suas origens e dos seus primórdios. Não há, contudo, uma forma de autonomizar os conteúdos desses textos, escritos ou orais, sendo que, não raras vezes, os mesmos motivos se entrecruzam nas várias narrativas. Roma será mesmo a evidência desse entrecruzamento.
Na Grécia, os mitos foram contados e transmitidos, sobretudo pelos poetas épicos, líricos e trágicos. Mas o mesmo não aconteceu em Roma. Entre os Romanos, são muitas vezes os historiadores que nos dão a conhecer as suas mitologias.
Nesta obra recorremos aos autores clássicos, a fontes originais que acerca deles falam. Cada mito e lenda é seguido de um comentário, salientando alguns dos aspectos mais relevantes da narrativa em causa.
Um glossário, apresentado no final desta obra, procura esclarecer acerca dos locais referidos e conceitos relativos a este tema.