• ECONOMIA GLOBALIZADA & PARADOXOS DE DESENVOLVIMENTO

    SINOPSE

    A população mundial continua a aumentar rapidamente, estimando-se que na década 2040 existirá 9 mil milhões de almas. Essas milhares de milhões de pessoas procuram ocupar o seu lugar numa economia mundial cada vez mais ligada através do comercio, finanças, tecnologias, fluxos de produção, migração e redes sociais.

    A vasta economia global está a crescer rapidamente, com extrema desigualdade na distribuição dos rendimentos, num paradoxo marcado por riqueza fabulosa e pobreza extrema.

    Muito dos países mais pobres do mundo, que se localizam em África, América Latina e Sudeste Asiático, foram “pressionados” a adoptar políticas de mercado livre para assim poderem obter dinheiro emprestado pelas organizações financeiras internacionais e os governos dos países ricos. A fragilidade institucional de muitos dos países em desenvolvimento tem propiciado a implementação mecânica das políticas de mercado livre, mesmo se elas não beneficiam directamente a maior parte da população dos países.

    O debate dialéctico entre a economia globalizada e o verdadeiro significado do desenvolvimento tem estado a pender a favor da primeira variável, devido a sua força, influência e ubiquidade. A globalização teve notórias externalidades positivas, tirou muitas pessoas da pobreza, mas persistem muitos paradoxos de desenvolvimento, muitas respostas não dadas, muitas incertezas, riscos e fenómenos imprevisíveis e improváveis, como a COVID-19, que desafiam a nossa imaginação, e deixam arrasados as famílias pobres e atolados os governos dos países pobres.

    Passados 45 anos de independência, Moçambique continua a ser negativamente afectado pela volatilidade dos preços as mercadorias no mercado internacional, pelos choques externos como as crises económico-financeiras, eventos climáticos extremos, instabilidade e conflitos e crises epidemiológicos como a COVID-19.

    Contrariar essa tendência requer incrementar a produtividade e competitividade da sua economia, optar por um crescimento económico mais inclusivo para gerar empregos de qualidade, promover uma economia mais inclusivo para gerar empregos de qualidade, promover uma economia mais diversificada, apostar pesadamente na industrialização, orientar-se mas para as exportações e viabilizar uma adequada integração económica regional, para assim favorecer a transformação estrutural.

    Tirar vantagens da globalização económica e “domar os paradoxos de desenvolvimento” requer olhar atenta e simultaneamente para dentro e para fora, e reconhecer que o mesmo as políticas mais bem intencionadas e pensadas podem não ter  impacto esperado se não forem executadas adequadamente, sendo vital apostar seriamente em boas políticas e boas instituições, um planeamento rigorosas, gestão criteriosa e pessoas bem treinadas, motivadas e com valores éticos.

     

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