• PLANISFÉRIO MOÇAMBICANO Atlas literário

    SINOPSE

    O primeiro texto que redigi para o jornal, o vetusto Notícias, era uma crítica de teatro e saiu a 27 de Março de 1984. Eu tinha 17 anos. Pratiquei mais tarde jornalismo cultural. Entrevistei escritores, escrevi sobre livros, visitei exposições e fiz o testemunho disso, cobri concertos. Fiz recensão jornalística de livros. Jovem repórter, debutei na Rádio Moçambique, em 1983, transitei depois para a revista Tempo onde vivi com gáudio a aventura da «Gazeta de Artes e Letras». Tive colunas no Notícias, Zambeze e agora no Jornal O Pais, de onde são oriundos estes textos. Transitei, quando vivia em portugal, da redacção do jornal de Letras para o diário Público.

    Depois de longos anos arredado dos jornais- o excurso me levara a fazer rádio, televisão, mas sobretudo a banca de Jornais- retornei à crónica semanal e escolhi a memória como meu tema entre nós. Este livro é isso mesmo. É, sobretudo, uma celebração de Moçambique, dos seus autores, dos seus músicos, dos seus pintores, dos seus fotógrafos, da sua memoria e da sua cultura, da sua inteligência e inquietude. Por outras palavras, um planisfério moçambicano: o país visto sob o ponto de vista cultural.

    1.500,00 MT
  • RIO DOS BONS SINAIS

    SINOPSE

    A literatura moçambicana vive como se fosse o outro nome de Moçambique. O país, em estado de ficção, encontra no escritor um parceiro cúmplice da sua própria invenção. Por seu turno, o escritor vive esse privilégio de tudo ser tão recente que a própria linguagem se apresenta em estado de infância.

    Uma vez mais, Nelson Saúte saiu de si mesmo e por via de vozes que lhe chegaram como clandestina confissões, tece um rio de histórias e devolve ao pais que viu nascer motivos para outros fragmentados nascimentos. Este Rio dos Bons Sinais é uma deambulação pela história recente de um país recém-chegado ao mundo e de gente que não se demarcou ao estado de fantasma. Há, nestas histórias, mortos que não encontram a morte, homens de luto perpétuo que apenas visitam a vida nas cerimonias fúnebres, jovens que amanhecem pendurados numa corda de Sisal.  A morte atravessa todos estes relatos mas a sua marca não é a do definitivo desfecho: os mortos permanecem vivos, eternos sussurradores de luzes e lendas.

    Manda a tradição local que, à entrada dos rituais de enterro, haja uma bacia de água para que todos lavem as mãos. Nelson Saúte lava, na própria escrita, as palavras: aqui se abrem rios de um outro tempo moçambicano e que nos fazem navegar por sonhos que são apenas o litoral da pesada realidade de um país que tem enorme dificuldade em se sonhar.

    600,00 MT