SOBRE O AUTOR
LUÍS BERNARDO HONWANA nasceu em 1942, na cidade de Lourenço Marques, actual Maputo, capital de Moçambique, e cresceu em Moamba, cidade do interior, onde seu pai trabalhava como intérprete.
1964 foi o ano da primeira publicação de Nós matamos o Cão Tinhoso!. No mesmo ano, Honwana, militante da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), foi preso por suas actividades anticolonialismo, e permaneceu encarcerado por três anos.
Em 1970, foi para Portugal estudar Direito na Universidade Clássica de Lisboa.
Após a Independência de Moçambique, em 1975, foi nomeado Director de Gabinete do Presidente Samora Machel, e participou activamente da vida política do país.
Em 1982, tornou-se Secretário de Estado da Cultura de Moçambique e, em 1986, foi nomeado Ministro da Cultura de Moçambique.
Em 1987, foi eleito membro do Conselho Executivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Em 1991, fundou e foi o primeiro Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa.
Em 1994, foi convidado para entrar para o Secretariado da UNESCO e foi nomeado Director do escritório regional da organização, com base na África do Sul.
Honwana é membro fundador da Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique, da Associação Moçambicana de Fotografia e da Associação dos Escritores Moçambicanos. Actualmente, é o director executivo da Fundação para a Conservação da Biodiversidade (BIOFUND)
Obras:
Nós matámos o Cão-Tinhoso! Lourenço Marques [actual Maputo], Moçambique: Sociedade de Imprensa de Moçambique, 1964. 1. ed. Ilustrações de Bertina Lopes (fragmentos de desenho).
“Rosita, até morrer” (conto). Vértice, Coimbra, Portugal, v. XXXI, n. 331-32, Ago-Set, 1971, p. 634-635; Domingo, Maputo, Moçambique, 31 Jan. 1982, p. 18.
A velha casa de madeira e zinco. Maputo, Moçambique: Alcance Editores, 2017.
TRADUÇÕES DE NÓS MATAMOS O CÃO TINHOSO!:
We killed mangy-dog and other Mozambique stories. de Dorothy Guedes. Londres, Inglaterra: Heinemann Educational Books, 1969.
Wir haben den Räudigen Hund getötet. Leipzig, Alemanha: Verlag Philipp Reclam, Erzählungen Taschenbuch, 1980.
Svarta Händer. Övers Birgitta de Mello Viana. Norsborg, Suécia: Hedenlans, 1980.
Nous avons tué le chien-teigneux. Dakar (Senegal), Abidjan (Costa do Marfim), Lomé (Togo): Les Nouvelles Éditions Africaines, 1983.
We killed mangy dog and other Mozambique stories. Trad. de Dorothy Guedes (1969). Harare, Zimbábue: Zimbabwe Publishing House, 1987.
Matamos al perro sarnoso. Havana, Cuba: Editorial Arte y Literatura, 1988.
Nous avons tué le chien-teigneux. de Michel Laban. Paris, França: Editions Chandeigne, 2006.
Nosotros matamos al perro-tiñoso. Madri, Espanha: Baobab Editorial, 2008.
EDIÇÕES ESPECIAIS SOBRE NÓS MATAMOS O CÃO TINHOSO!:
MACHUDE, Abudo. A recepção crítica de Nós Matámos o Cão-Tinhoso. Maputo, Moçambique: Alcance Editores, 2014.
TAVARES, Ana Paula e MENDONÇA, Fátima (Organizadoras). Nós Matámos o Cão-Tinhoso – Jornada comemorativa. Lisboa, Portugal: Fundação Calouste Gulbenkian; Theya Editores, 2014.
PRÉMIOS E DESTAQUES:
1º lugar no Concurso Literário Internacional da revista The Classic, África do Sul, 1965.
“Prémio José Craveirinha de Literatura 2014”, Associação dos Escritores Moçambicanos, Moçambique.
Nós matamos o Cão Tinhoso! – Classificado entre os “100 melhores livros africanos do século XX” (Creative Writing), 2002. Uma iniciativa da “Zimbabwe International Book Fair”, com a colaboração de African Publishers Network (APNET), Pan-African Booksellers Association (PABA), associações de escritores africanos, conselhos para o desenvolvimento do livro e associações de bibliotecas.
Nós matamos o Cão Tinhoso! – em 2021, incluído na lista da FUVEST de obras literárias de leitura obrigatória para os exames vestibulares de 2024 a 2026.
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A VELHA CASA DE MADEIRA E ZINCO
SINOPSE
O livro ora editado – A Velha Casa de Madeira e Zinco -, contém textos de elevado interesse cultural e político, entre ensaios, crónicas, depoimentos e testemunhos, uns já publicados em livros, jornais e revistas nacionais e estrangeiras, e outros ainda inéditos. Os temas abordados são vários, desde os que interessam à história recente do país ao sempre actual debate da língua portuguesa versus línguas nacionais, passando pela questão da identidade, pela análise literária e pela produção artística em Moçambique, entre outros.
A novidade que o livro traz, diz o autor, é fazer os seus escritos funcionarem juntos e “ver o que nessa reconfiguração poderão eventualmente trazer, de interessante” e também, acrescente-se, de valor literário, que realmente têm, além da sua actualidade inquestionável para a compreensão da realidade moçambicana.