SOBRE O AUTOR

Filósofo e sociólogo francês, nascido em 1921, foi membro, durante a Resistência e no pós-guerra, do Partido Comunista Francês, do qual foi expulso por discordar da orientação oficial. Morin acredita que é necessário efetuar uma “revolução”, mas que esta deve ter presente a ideia de totalidade e complexidade do real. Propõe, como alternativa, o conceito de “totalidade aberta” e de “um pensamento planetário”, assentes na permanente revisão e crítica dos princípios orientadores, evitando os dogmas e o pensamento único.
Também no domínio da pesquisa epistemológica, a perspetiva de Morin traduz uma inovação. A sua reflexão nesta área incide sobre o panorama da ciência contemporânea que se apresenta como um “mosaico” de disciplinas isoladas e separadas entre si. Esta fragmentação remete para a necessidade de encontrar um novo método, que repense a tradição científica ocidental. Partindo do desenvolvimento das diversas ciências, especialmente da física, da biologia, da cibernética e da ecologia, Morin transmite a ideia de “complexidade”, que caracteriza todas as esferas da atividade humana, desde o mundo físico e natural até ao universo das sociedades humanas. Estas realidades (física e social), têm de ser pensadas de uma forma dinâmica e intercomunicativa: o natural não ser entendido desligado do social e vice-versa, e o todo das partes que o compõem, também perspetivados numa lógica de reciprocidade.
Em síntese, Morin tem como objetivo ultrapassar a visão reducionista e simplista do Homem e do Mundo, que domina o pensamento ocidental há trezentos anos.

  • SOCIOLOGIA – A SOCIOLOGIA DO MICROSSOCIAL AO MACROPLANETÁRIO

    SINOPSE

    «A sociologia deve assumir simultaneamente uma vocação cientifica e uma vocação estatística. O sociólogo deve assumir as duas culturas nas quais participa: a cultura cientifica e a cultura humanista (filosófica e literária) e deve revelar o desafio da separação e do antagonismo entre as duas culturas. Por ai mesmo poderia desempenhar um papel-chave na tão necessária comunicação e interfecundação entre essas duas culturas.»

    Edgar Morin propõe-nos, nesta sua obra, revista e aumentada, um pensamento sociológico que restaure uma organização, ressuscite a reflexão sobre os grandes problemas antropossociais e que, ao mesmo tempo, confronte a realidade do presente, a vida dos acontecimentos, a complexidade dos fenómenos. A Humanidade do quotidiano. Esta «soma sociológica» ilustra e defende uma concepção complexificada da sociologia.

    1.730,00 MT