SOBRE O AUTOR

Cremildo Bahule (Maputo, Moçambique, 1980), é ensaísta, escritor e assessor editorial em Ndjira – Sociedade Editorial.
É Mestrando em Linguística na Universidade Eduardo Mondlane, Licenciado em Ciências Religiosas pela Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma (2006), e Bacharel em Ciências de Educação pela Universidade Católica de Moçambique (2005) com a tese “Arte e Ética: A Pintura como uma linguagem moral”.
Publicou o ensaio “Carlos Cardoso: Um poeta de consciência profética” (Alcance Editores, 2010) e “Literatura Feminina, Literatura de Purificação: O Processo de Ascese da Mulher na Trilogia de Paulina Chiziane” (Ndjira, 2013). Participou como investigador, ao abeiro da «União Latina», num projecto de pesquisa e recolha das tradições orais autóctones de Moçambique. O projecto deu lugar à publicação do livro “Multiculturalidade e Plurilinguismo: Tradição oral e educação plurilingüe na África central e austral e ao web Contafrica”, onde se encontra o material compendiado nas línguas originais e traduzido também para o português, espanhol e francês. Foi investigador associado da «Unidade de Diagnóstico Social» do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane, fazendo um estudo da relação entre a música popular moçambicana e as línguas autóctones, com o apoio da Fundação Ruth First, e do que nasceu a obra “Kudumba Ka Vão-na Vã Ndota: A música como uma plataforma de preservação da língua – (Um) diálogo sociolingüístico sobre a estética musical de Ghorwane” (actualmente no prelo). Publicou, em 2011 “Babalaze: A outra margem da verdade”, entrevista ao rapper mozambicano Azagaia, e colaborou na obra “Samora Machel: História de uma vida dedicada ao povo moçambicano”, editada pelo Instituto de Investigação Sócio-cultural. Em 2012, editou também o livro de poesia “Caligrafias: Liricismo naïf”, no I Encontro Internacional do Livro em Cartão realizado em Maputo.
Actualmente, é investigador independente e está a desenvolver uma pesquisa sobre a ideia da “mestiçagem moçambicana” partindo da construção polifónica e do relato do discurso na ficção narrativa de Paulina Chiziane e a “convergência entre bilingüismo, literatura e direitos humanos”.
A proposta de trabalho que Cremildo leva para a Residência de Outono da Axóuxere aprofunda, de um lado, no trabalho sobre a tradição oral, e do outro na escrita dramática do texto “Nação Laranja”.