SOBRE O AUTOR
Carlos Paradona Rufino Roque nasceu em Inhaminga, aos 29 de Maio de 1963, onde inicia os seus estudos primários. Conclui a 4ª classe na Escola Primaria Oficial do Dondo, em 1973. Paradona Roque ainda frequentou os então Ciclo Pre-paratório Dr. Baltazar Rebelo de Sousa e Liceu Pêro de Anaia, na Cidade da Beira.
Em 1977, depois de trinta dias no mar, aportou à Ilha da Juventude, Cuba, onde deu continuidade aos seus estudos.
Licenciou-se em Direito pela Universidade Eduardo Mondlane e é Mestre em Sociologia Industrial e Estudos Laborais pela Universidade de Pretoria, África do Sul.
Em 1980 publica os seus primeiros poemas na página Diálogo do extinto jornal Noticias da Beira. Colaborou ainda com poesia, contos e ensaios nas páginas Diálogo do Diário de Moçambique, Letras e Artes do Jornal Domingo, nas Revistas Tempo, Charrua, Forja e Eco e também, sob o pseudónimo de Tchipiri, no Jornal Combate, Revista 25 de Setembro e no programa radiofónico Aló Leões da Floresta, ao longo das décadas de oitenta e de noventa. Em 1992, apresenta a público o seu livro de poemas A Gestação do Luar e em 2009 o romance Tchanaze, a Donzela de Sena.
Carlos Paradona Rufino Roque é membro do Secretariado da Associação dos Escritores Moçambicanos desde 2002 sendo o seu Secretário-geral Adjunto desde 2008 e é membro do Corpo de Jurado do Grande Prémio SONANGOL de Literatura.
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N’TSAI TCHASSASSA A VIRGEM DE MISSANGAS
SINOPSE
“Estamos perante uma obra que investe na simplicidade duma escrita que se apropria duma forma criativa das especificidades culturais do seu povo. Que ressuscita lendas, ritos e tradições.”
… as virgens e donnzelas dessas regiões gabarolavam de seus sexos impregnados de óleo de rícino e seus ventres tatuados de feitiço…
… a N’tsai Virate despediu-se e deitou-se de barriga para cima, oferecendo-se para ser atada pelos braços e pés, de modo a que os defuntos buscassem nela, durante a noite, o seu sexo e prazer.
O aludido saltou para um lado já ejaculado, surpreendido, com o sémen a gotejar por entre as pernas.
Os defuntos traziam à sua presença uma ou duas ou três outras almas agrilhoadas, que não apresentavam qualquer rosto.