SOBRE O AUTOR

Álvaro Manuel Ribeiro Garcia de Vasconcelos nasceu no Porto em 1944. É o fundador do Instituto de Estudos Estratégicos e Internacionais de Lisboa (IEEI), do qual é, desde a fundação (1981), diretor do conselho gestor e diretor geral.
Atuou como conselheiro especial de Defesa e Relações Internas para o governo português e tem numerosas publicações sobre política internacional e europeia. É o autor e coeditor de diversos livros e artigos, notoriamente nas áreas de política de segurança e ordem mundial. Dentre as publicações estão Portugal: A European Story, La PESC: Ouvrir l’Europe au Monde, The European Union, Mercosul and the New World Order e A European Strategy for the Mediterranean.
É colaborador da Western Europe Union (WEU), em que contribuiu com diversos Chaillot Papers.
É colaborador da imprensa portuguesa escrita, falada e televisionada, sendo também frequentemente requisitado para falar à imprensa europeia. É frequentemente convidado como palestrante principal em conferências de universidades europeias e dos Estados Unidos.
Como resultado de sua actuação na pesquisa, envolveu-se em projectos em rede nos âmbitos europeu e extraeuropeu, sendo membro do conselho da Trans European Policy Srudies Association (Tepsa) e do conselho diretivo da European Foreign Policy Research Network (Fornet). É co-organizador do Euro-Latin American Forum.
Nos últimos anos, tem actuado na gestão de redes com enfoque na coordenação da EuroMeSCo, uma forte rede euro-mediterrânea de pesquisa em política de segurança e internacional.

  • MEMÓRIAS EM TEMPO DE AMNÉSIA Volume I Uma campa em África

    SINOPSE

    Estas Memórias em Tempo de Amnésia são publicadas em dois volumes. O livro trata sobretudo do que era proibido lembrar, do que era subversivo memorizar. Os crimes deviam ser esquecidos para todo o sempre. Podia-se ser preso e torturado por ter visto o crime que nenhum registo podia guardar e ficava, apesar de todo o esforço dos fazedores de silêncio, na memória dos homens. Nos contadores de histórias, nos que pela tradição oral preservam as lembranças dos seus antepassados.

    Mas as dificuldades do presente funcionam como uma droga que apaga a memória e propaga como um vírus a amnésia colectiva, tornando a sociedade mais frágil perante ameaças já conhecidas pela humanidade.

    Uma campa em África, o primeiro volume, aborda os caminhos que me levaram, ainda menino, para África. Aí vivi entre 1953 e 1967, primeiro em Moçambique, depois na África do Sul. Pretende ser um testemunho da viagem às trevas que era viver em África no tempo em que o racismo era política de Estado, quer fosse na mentira luso tropical ou no horror do apartheid. É um testemunho em nome do dever de memória, contra a política do esquecimento e o revisionismo histórico sobre o crime contra a humanidade que foi o colonialismo. Da Beira da minha infância, da cidade branca, resta uma campa; aí jaz a minha avó Amélia Claro, que eu tanto amara no Douro.

    O segundo volume, Utopias Revolucionárias, abordará os anos de exílio e a revolução cultural de Maio de 68, ponto de encontro da contracultura americana e do marxismo europeu, da desconstrução do sistema patriarcal e da luta pela igualdade. É a conclusão da minha crónica dos longos anos 60, que terminaram com o 25 de Abril de 1974 em Portugal.

    2.300,00 MT