SOBRE O AUTOR
Albert Dalela nasceu em Maputo, em Fevereiro de 1996. Começou a escrever aos treze anos quando a principal intenção era esboçar rimas musicais. Formou-se em jornalismo no médio e licenciou-se em linguística aplicada pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM). Foi repórter no Zitimar News. Já colaborou com artigos em jornais e agências de informação. Já publicou contos e recessões críticas em blogues. Actualmente, é colaborador do Observatório do Cidadão para saúde (OCS).
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GOLE DE LÂMINAS
SINOPSE
Álvaro Mercúrio – um homem que tem a literatura como subterfúgio e que procura avivar as suas entranhas em casuais relações sexuais – vê-se mergulhado nos seus fantasmas existenciais. Em criança, perdera a mãe, assassinada por seu próprio pai, um bêbado sem escrúpulos.
Há uma criança perdida no meio duma tempestade que provoca inundações e mortes, num bairro, suburbano. A população deste bairro submerso na água, vê-se obrigada a abandonar a zona baixa.
Todo o mundo refugia-se em diversos escombros e prédios da cidade de Maputo, como é o caso da abandonada Vila Algarve.
Os refugiados organizam uma manifestação, exigindo que os corpos afogados sejam enterrados condignamente, mas a polícia responde a estes com balas.
Cães soltos devoram pessoas, gás lacrimogéneo coloca-as a dormir, balas perfuram estômagos, cassetetes vibram em corpos, cabeças e pescoços… a polícia não observa onde bate. No entanto, te enganas se pensas que este é o auge da manifestação.
Introspectivo e filosófico, “Gole de Lâminas”, é, sem dúvidas e fronteiras, um romance atemporal, um raio-X da sociedade contemporânea, com nuances de “Vinhas da Ira” de Steinbeck, por meio dum estilo com traços de John Fante, com o absurdismo de Camus e o ritmo de Auster.