BALADA DE AMOR AO VENTO

By (author)Paulina Chiziane

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SINOPSE

Nesta viagem farta de sinuosas emoções, que levam à lua sem voo, há duas justificativas de ordem espiritual para toda uma trajectória que se queira literalmente linda. A primeira empurra-me àquela que considero melhor carta do Apóstolo Paulo, para não dizer melhor das sagradas escrituras, o Coríntios. Paulo refere, aos 1 Coríntios 7:32-36, que casar não é mau mas ser solteiro é melhor. Ambas opções são vocações do Homem porém o que optar pelo celibato deve dedicar sua vida ao senhor. Entretanto, Sarnau, uma esbelta negra que adorava sazonalmente as paisagens das matas de Mambone, dissuadira sedutoramente Mwando, um aspirante padre. Mwandro, que reputava Sarnau como inalcançevel por esbanjar graça e perfeição, não resistiu ao assédio. Fitou os olhos nela, perdeu o juízo e foi expulso do semanário.

Afinal a expulsão de Mwando, à partida, era uma premonição à mescla de dessabores que viriam caracterizar o quotidiano de Sarnau. Um castigo divino por interferência e desvio de um propósito sagrado.

A segunda justificativa desta encarquilhada trajectória remete-me ao sentido tradicional do ente africano. À semelhança de  Mr. Bow que se socorre de um romance, em Guilhermina, para fazer crítica social, referindo-se à precária vida que um cidadão pacato, Paulina Chiziane socorre-se de uma estória de amor para introduzir o assunto da Poligamia que, a posterior, vira a ser destrinçado em Niketche. O clímax do “Amor ao Vento” ecoa a partir do rei polígamo, degenerando ao adultério. Paty, uma menina que teve que encarnar a alma de uma das concubinas do rei para cessar as enfermidades espirituais malignas que a fustigavam, é a obra que resultou do adultério protagonizado por Sarnau e Mwando.

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Paulina Chiziane

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Editora

Matiko & Arte