SOBRE O AUTOR

UNGULANI BA KA KHOSA, nome tsonga (grupo étnico do sul de Moçambique) de FRANCISCO ESAÚ COSSA, nasceu a 1º de Agosto de 1957, em Inhaminga, distrito de Cheringoma, província de Sofala, Moçambique.

Professor de carreira, exerceu funções importantes em Moçambique como as de Diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco e Diretor Adjunto do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual de Moçambique. Durante a década de 90, foi cronista assíduo de vários jornais. Foi Secretário-Geral da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e Diretor do Instituto Nacional do Livro e do Disco (INLD).

Tem forte vínculo com a cultura brasileira, tendo participado de vários eventos culturais e acadêmicos no Brasil, como FlinkSampa (São Paulo/SP), Afrolic (Recife/PE), FliPoços (Poços de Caldas – MG), USP (São Paulo/SP) e Unicamp (Campinas/SP).

OBRAS

O rei mocho, Contos de Moçambique, v.1, 2016.
Orgia dos loucos, 2016. [Vozes da África].
Gungunhana: Ualalapi e As mulheres do Imperador, 2018. [Vozes da África]
Ualalapi. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 1987.
Orgia dos loucos. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 1990.
Histórias de amor e espanto. Maputo: INLD, 1993.
No reino dos abutres. Maputo: Imprensa Universitária, 2002.
Os sobreviventes da noite. Maputo: Texto Editora, 2005.
Orgia dos loucos. Maputo: Alcance, 2008.
Choriro. Lisboa: Sextante Editora, 2009.
O rei mocho. Maputo: Escola Portuguesa de Moçambique, 2012.
Ualalapi. Belo Horizonte: Nandyala, 2013.
Entre as memórias silenciadas. Maputo: Texto Editora, 2013.
Gungunhana. Porto: Porto Editora; Maputo: Plural Editores, 2018.

DESTAQUES/ PRÊMIOS
Grande Prémio de Ficção Narrativa, com Ualalapi (1987), 1990.
Prémio Nacional de Ficção, com Ualalapi (1987), 1994.
Um dos 100 melhores romances africanos do século XX: Ualalapi (1987), 2002.
Prémio José Craveirinha de Literatura, com Os sobreviventes da noite (2005),
Prémio BCI de Literatura, com Entre as memórias silenciadas (2013), 2013.
Ordem de Rio Branco, Grau de Comendador (2018) concedido pelo Governo Brasileiro, pelos 30 anos de carreira literária, iniciada com a publicação de Ualalapi, em 1987.
Prémio José Craveirinha de Literatura, pelo conjunto da obra literária (2018).

  • ASSIM NÃO, SENHOR PRESIDENTE!

    SINOPSE

    Falar de um escritor é sempre algo deveras estruturante e com abordagens literárias e técnicas para um melhor entendimento de como e porque escreve e quais as suas tendências, objectivos e ideias. Falar de Ungulani Ba Ka Khosa é um bocado de tudo isso, mas optei por mudar o contexto e de forma mais simplistas mostrar o autor versus a sua escrita pelos olhos do editor.
    O seu nome civil é Francisco Esaú Cossa, nasceu em Inhaminga, a 1 de Agosto de 1957, e é um dos mais conhecidos e esclarecedores escritores da actualidade no panorama africano.
    Ungulani fez o ensino primário na província de Sofala, e o ensino secundário, parte em Lourenço Marques e parte na Zambézia. Em Maputo tirou o bacharelato
    Mondlane, e exerceu a função de professor do ensino secundário.
    Trabalhou depois para o Ministério da Educação, e foi, sucessivamente, director
    Livro e Disco, e Secretário Geral da Associação de Escritores Moçambicanos
    (AEMO).
    Sendo hoje um autor universal, protagonista e um dos maiores expoentes do interesse do mundo pela literatura africana, em especial a literatura moçambicana, contribuiu decisivamente para a projeção de numerosos escritores moçambicanos, pela sua dinâmica internacional à volta dos livros na sua escrita.
    Ultrapassou fronteiras como um exemplar escritor com personagens que evocam imagens e sensações próximas da história pessoal ou familiar de cada um dos leitores, mostrando sempre a realidade da sua experiência de vida.
    Para escrever um livro – independentemente do assunto -, é preciso, acima de tudo, dominar o tema. Assim se transmite, sem erros, tudo o que se deseja passar! Ungulani tem essa capacidade, pois estuda, desenvolve, analisa, investiga cada tema de forma a que nada seja feito por acaso e demonstre sempre o contar a história com toda a realidade, fixando os seus leitores na busca de uma bela história! Isto porque domina, dá asas à imaginação e é um amante das aventuras.
    É nos livros que podemos encontrar mundos que jamais existiram, com tanta riqueza de detalhes e precisão que é possivel nos imaginarmos dentro de um lugar que agora existe na mente. Ungulani tem uma imaginação incrível, além da habilidade de escrever tudo que criou, possibilitando que todos os leitores embarquem nesse novo mundo.
    Escrever é uma arte, é o poder de expressão e de persuasão. E a capacidade de libertar tudo que sufoca, por meio de palavras combinadas para causar impacto, emoções e reflexão. Assim, os livros e textos de Ungulani tocam particularmente cada leitor de forma inexplicável. Muitos se perguntam como e possível que saiba exatamente a forma de atingir diferentes pessoas? A verdade é que ele tem o poder de escrever de uma forma intensa que nos faz refletir sobre nós mesmos.
    Rui Rocha

    700,00 MT
  • CARTAS DE INHAMINGA

    SINOPSE

    Um livro com dezanove crónicas que resulta da apropriação de uma coluna que há tempos, já lá vão alguns anos, o autor assinava num dos seminários da capital do país. Diferentes textos que abordam matérias distintas, cujo título do livro é uma homenagem à terra natal do escritor.

    590,00 MT
  • CHORIRO

    SINOPSE

    Choriro é o mais recente romance de Ungulani Ba Ka Khosa, publicado originalmente em Moçambique em 2009. História de um reino de um rei branco no vale do Zambeze no século XIX. Ungulani, munido de um saber histórico e etnográfico notável, parte para um relato emotivo e orgulhoso, elegia de um tempo feliz e formador da identidade moçambicana moderna. Os seus personagens, o rei Nhabezi, aliás Luís António Gregódio, os seus conselheiros, os seus guerreiros, as suas mulheres são personagens complexos e sensíveis que nos apaixonam, com o seu saber ancestral, no momento em que se entrechocam as fortes culturas nativas com o colonialismo mercantil que já desponta. Lá ao fundo, vemos passar Livingstone.

    1.500,00 MT
  • GUNGUNHANA

    SINOPSE Em 1987, Ungulani Ba Ka Khosa inscrever-se-ia de forma indelével no cânone da literatura moçambicana com a publicação de Ualalapi, um romance de estreia tão perturbador quanto fascinante, eleito um dos cem melhores romances africanos do século XX. Gungunhana, o último imperador de Gaza, parte atual de Moçambique, subiu ao poder quando Ualalapi, nome de um guerreiro nguni, matou o seu irmão, Mafemane. Famoso pela resistência que opôs aos Portugueses, Gungunhana reinou de 1884 até 28 de Dezembro de 1895, dia em que foi feito prisioneiro por Mouzinho de Albuquerque, transportado para Lisboa e posteriormente enviado para os Açores, onde viveria em exílio até ao final dos seus dias. Nesta edição, à história deste imperador – a sua ascensão e queda – junta-se a narração ficcionada das vidas das mulheres que o acompanharam na sua viagem e que regressaram ao solo pátrio em 1911, depois de longos e tortuosos quinze anos de exílio. Com As Mulheres do Imperador, Ungulani Ba Ka Khosa fecha o ciclo dedicado a esta figura histórica ímpar, celebrando os seus trinta anos de escrita com um tributo – merecido – às mulheres, sempre secularizadas pela História.

    1.710,00 MT
  • ORGIA DOS LOUCOS

    SINOPSE

    O presente livro foi publicado pela primeira vez em 1990 em Moçambique. A obra, composta por move contos, tem como plano central a imagem e um país independente, mergulhado na guerra civil e marcado pela escassez, pela pobreza e pelo aviltamento da cultura endógena.

    cultura endógena.

    500,00 MT
  • OS SOBREVIVENTES DA NOITE

    SINOPSE

    Os sobreviventes da Noite é um romance denso, formado por um narrador estupefacto diante dos horrores da guerra. Mas, em sua frente não há batalhas: há apenas quatro garotos confinados em um acampamento militar, cuja história pregressa ele persegue, com avidez. Nesta busca, o narrador esforça-se por rememorar os mínimos detalhes das histórias de cada individuo. Nenhuma personagem surge na narrativa sem que cada passo que a levou até ao acampamento seja lembrado. Surge então uma narrativa em zigue-zague, o tempo presente se atrofia pouco a pouco,  enquanto o passado se infla e ocupa todo o texto. Afinal, o que acontece em Os Sobreviventes da Noite? Quais são os movimentos da acção? Trata-se de um presente dependente do passado: num país marcado por um histórico de grupos armados e guerras que varrem aldeias e cidades inteiras do mapa. Os Sobreviventes da Noite é um apelo em favor de um repertório de memorias humanas dilaceradas pelos confrontos. Por isso,a guerra nunca é nomeada no romance: quase sempre, os conflito surgem e acabam em mesas de negociação, em longe do chão de terra batida que bebeu o sangue das pessoas reais.

    1.200,00 MT