SOBRE O AUTOR

ALDINO MUIANGA nasceu em 1º de maio de 1950, em Lourenço Marques, actual Maputo, capital de Moçambique.
Fez os estudos primários na Escola Missionária de S. Miguel Arcanjo e os secundários no Liceu António Enes, na mesma cidade. Formou-se em Medicina pela Universidade Eduardo Mondlane, e especializou-se em Cirurgia Geral. É docente da Faculdade de Medicina da Universidade de Pretória, na África do Sul.
Começou a escrever desde a adolescência, como colaborador no jornal de parede coordenado pela “Mocidade Portuguesa” no liceu que frequentava. Nesse jornal publicou alguns poemas.
A sua primeira publicação oficial foi o conto “A Vingança de Macandza” no semanário Tempo, em 1986, sob o pseudônimo Khambira Khambiray. Publicou crónicas nas colunas “Correio do Rand” e “Sawubona”, respectivamente no semanário Jornal Domingo e na revista Tempo. Tem contos incluídos em antologias publicadas em Portugal, Brasil, Suíça e França, e em várias páginas e revistas literárias em Moçambique e no estrangeiro. Foi coordenador da página literária da revista SAPES, editada no Zimbábue, em 1991 e 1992, onde publicou ensaios sobre literatura em língua portuguesa nos países africanos.
Foi colaborador de primeira linha da revista Charrua, editada pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO), e da revista “ECO”, editada pela Universidade Eduardo Mondlane.
É membro da Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO) e membro fundador da Associação de Médicos Escritores e Artistas de Moçambique (AMEAM).

PUBLICAÇÕES
O domador de burros e outros contos, 2015. [Vozes da África]
A noiva de Kebera, contos, 2016. [Vozes da África]
Asas quebradas, romance, 2019. [Vozes da África]
Xitala-Mati. Maputo: Associação dos Escritores Moçambicanos, 1987; Edição do Autor, 2 ed., 2007; Maputo: Alcance, 3 ed., 2013.
Magustana. Cadernos Tempo, 1992; Lisboa: Texto, 2 ed., 2011.
A noiva de Kebera, contos. Editora Escolar, 1994; Lisboa: Texto, 2 ed., 2011; Kapulana, 2016.
A Rosa Xintimana. Maputo: Ndjira, 2001; Maputo: Alcance, 2 ed., 2012.
O domador de burros e outros contos. Maputo: Ndjira, 2003; 2 ed., 2007; 3 ed., 2010; São Paulo: Kapulana, 2015.
A metamorfose e outros contos. Maputo: Imprensa Universitária, 2005.
Meledina (ou a história duma prostituta). Maputo: Ndjira, 2004; 2 ed., 2009; 3 ed., 2010.
Contos rústicos. Lisboa: Texto, 2007.
Contravenção, uma história de amor em tempo de guerra. Maputo: Ndjira, 2008.
Mitos, estórias de espiritualidade. Maputo: Alcance, 2011.
Nghamula, o homem do tchova, ou o ecplipse de um cidadão. Maputo: Alcance, 2012.
Contos profanos. Maputo: Alcance, 2013.
Caderno de memórias, Volume I. Maputo: Alcance, 2013.
Caderno de memórias, Volume II. Edição do Autor, 2015.
Asas quebradas. Maputo: Cavalo do Mar, 2017; Kapulana, 2019.

PRÉMIOS
2002 – Prémio TDM (A Rosa Xintimana)
2003 – Prémio de Literatura da Vinci. (O domador de burros e outros contos)
2009 – Prémio Literário José Craveirinha (Contravenção, uma história de amor em tempo de guerra)
2017 – Escritor homenageado pelo Conselho Municipal da Cidade de Maputo “pelos 30 anos de carreira e pelo seu contributo para o alavancamento da literatura de Moçambique”.

  • MELEDINA (ou a história duma prostituta)

    SINOPSE

    “Burahimo” é tomado por um desejo voraz por Meledina, menina negra de Banguine, uma comunidade rural. O excesso de generosidade para com ela favorece a consumação das suas sedes. Mas começa a ser tomado por um sentimento de pânico, ao imaginar que a adolescente possa ficar grávida e que se venha a saber do seu envolvimento com ela.
    A cada dia, mais se intensifica o seu tormento. Por fim, convence Meledina a deixar Banguine, com promessas de um Maputo onde o dinheiro corre como as águas do rio. Na então Lourenço Marques, Meledina é arrancada da sua ingenuidade e desafiada a mergulhar numa onda que a arrasta a conhecer o outro lado da vida, uma vida muito boa para alguns, poucos, mas crudelíssima e injusta para tantos outros. É nesse imundo que a pobre filha de Banguine tem que achar o sentido da sua vida e, quiçá, do seu destino. Um longo percurso banhado de lágrimas e alguns sorrisos.

    640,00 MT
  • OS FUNERAIS DE MUBENGANE

    SINOPSE

    A vovó Sibhonguile teve uma noite de pesadelos, como nenhuma outra em toda a
    sua Vida de anciã. Ora era a imagem do filho Mubengane a rebolar e a patear no interior do esquife em que o acomodaram e sepultaram naquela manhã, no cemitério da Vila de Mduduza;
    ora eram os protestos de seu defunto esposo que a invectivava com gestos de ira, com os dedos trémulos apontados para a campa de seu recém malogrado varão.

    800,00 MT